
A longa história do Mont Saint Michel começou em 708, quando Aubert, bispo de Avranches, mandou edificar sobre o monte Tombe um santuário em honra ao arcanjo. A disposição de superar todas as dificuldades de se construir uma grande obra em uma elevação em uma época que todo o trabalho repousava na força física dos construtores foi justificada por constantes aparições do próprio Arcanjo São Miguel a Aubert em seus sonhos ordenando a realização de um templo em sua homenagem. Uma outra motivação possível também e menos transcendente era representada pelos constantes ataques dos pagãos vikings contra a região sob o controle do bispo. O fato é que o monte tornou-se rapidamente local de peregrinação de grande importância. No século X, os beneditinos instalaram-se na abadia, incentivando o desenvolvimento de uma aldeia no sopé da elevação que se estendeu até a base do rochedo durante o século XIV.
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O Sonho de Saint Aubert |
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Brasão da Abadia de Saint Michel |
O monte se revelou como uma das mais inexpugnáveis praças-fortes francesas ao longo da Guerra dos Cem Anos, sendo também, apesar se sua origem religiosa, um modelo da arquitetura militar do medievo. Suas muralhas e fortificações resistiram a todos os ataques ingleses e fizeram da abadia um lugar simbólico da identidade nacional.
Após a dissolução da comunidade religiosa por ocasião da Revolução Francesa e até 1874, o sítio foi objeto de grandes restauros os quais permitem hoje ao visitante encontrar o esplendor da construção que aos homens medievais representava uma materialização da Jerusalém Celeste sobre a Terra, ou uma imagem do paraíso... Desde 1979 o monte e sua abadia encontram-se inscritos no rol dos patrimônios da humanidade, segundo a UNESCO..
A abadia do Mont Saint Michel é um monumento único. Sua concepção não pode ser comparada com a de qualquer outro mosteiro. Tendo em conta a forma piramidal do monte, os mestres de obra da Idade Média envolveram a rocha granítica com os edifícios. A igreja abacial localizada na parte superior, repousa sobre criptas que criam uma plataforma capaz de suportar o peso de uma igreja de 80 metros de comprimento. A construção da "Merveille", frequentemente invocada como obra prima arquitetônica do complexo, testemunha a maestria dos construtores do século XIII, que conseguiram apoiar sobre o declive do rochedo dois corpos edificados com três pisos. Conforme a edificação atinge níveis mais elevados, vai se tornando mais leve, a fim de não comprometer a estrutura de sustentação do conjunto, como um castelo de cartas de muitas toneladas...
Destinada inicialmente aos monges beneditinos, a construção foi guiada pela necessidade do respeito às regras monásticas de São Bento, tanto quanto às imposições topográficas. Foram mantidos assim, espaços de clausura exclusivos aos religiosos que deveriam se dedicar unicamente ao trabalho e à oração ao longo de seus dias, evitando o contato com os laicos que acorriam à abadia para peregrinação ou segurança própria, em momentos de guerra. A condição social dos visitantes também era levada em conta na disposição das dependências dos prédios, havendo salas exclusivas para os guardas e para os nobres e salas comuns para a comunidade. Uma das principais diferenças era a existência de lareiras nas salas destinadas àqueles que defenderiam a Abadia dos ataques inimigos...


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