Chenonceau é um dos mais belos castelos do vale do Loire e se encontra às margens do rio Cher, próximo da fronteira entre as regiões de Indre - et - Loire e Loire - et - Cher. Sua origem remonta ao século XIII, como propriedade do Senhor dos Marques, vassalo de Amboise.
Em 1360, Du Guesclin expulsa os soldados ingleses que se encontravam no Domínio, dentro do contexto da Guerra dos Cem Anos. Em 1412, Jean I Marques entrega seus castelos aos ingleses. Carlos VII, após sua coroação em Reims, retoma o controle sobre a região e manda queimar todas as construções, com o intuito de impedir o retorno de seus inimigos.
Apenas 20 anos depois, em 1432, o rei autoriza Jean II Marques a reconstruir seu castelo que ficará pronto apenas em 1435. A crise financeira que sobreveio com a guerra e a posse sobre o domínio de um Senhor perdulário, entretanto, não permitiram que o patrimônio permanecesse com a família original e motivaram a venda a um rico financista - Thomas Bohier - já no princípio do século XVI.
Os combates empreendidos por Thomas na Itália possibilitaram seu contato com a rica arquitetura renascentista italiana e serviram de inspiração para as modificações de seu castelo em Chenonceau, o qual perdeu fortemente a finalidade defensiva, passando a destinar-se a um local de moradia luxuosa, mobília exuberante e lindos jardins.
A participação constante de Thomas em constantes combates, no entanto, o impediu de dirigir as obras de melhorias no palácio, as quais ficaram a cargo de sua esposa Catherine de Briçonet, iniciando uma tradição que valerá ao Domínio o epíteto de "o Castelo das Damas".
Com a finalidade de unir seus domínios em ambas as margens do Cher, Thomas recebe autorização do rei para construir uma ponte mas o projeto teve que ser ser adiado. Catherine, que ficara viúva em 1524, falece aos 26 anos, impedindo a continuidade das obras. Suas marcas, contudo, permanecem no castelo, sob a forma das iniciais TBK (Thomas Bohier e Catherine).
Catherine de Briçonet |
A crise econômica do reino face às inúmeras guerras e a centralização do poder nas mãos do rei que passava a caracterizar o regime, dando fim ao período feudal, fez com que o domínio de Chenonceau fosse incorporado à coroa, em virtude da acusação de desvios financeiros durante a Guerra da Itália, feitas pelo rei Francisco I contra o já falecido Thomas. Seus herdeiros tiveram que pagar uma dívida de 190.000,00 livres, dos quais o Castelo não representou nem a metade.
Quando o filho de Francisco, Henrique II, sobe ao trono destina Chenonceau à posse de sua amante, Diane de Poitiers. Na impossibilidade de doar um bem da Coroa, foi realizado um subterfúgio. Anulou-se a transação entre Francisco I e Bohier, o qual passou a ser devedor do rei e voltou a ser proprietário do domínio, vencendo-o à Diana. Em gratidão, o rei perdoou a dívida do nobre e restituiu seus cargos na corte.
Diana administrou a quinta como uma verdadeira mulher de negócios, algo bastante inusitado, considerando que vivia no século XVI, e tornou seu domínio um dos mais lindos do Vale, mandando construir inclusive a ponte de arcos, antigo projeto de Catherine de Briçonet.
Com a morte do rei em trágica do rei em 1559, sua esposa Catarina de Médicis obteve, não sem a devida resistência de Diana, a restituição de Chenonceau à Coroa, sedendo em troca à preferida de seu marido a quinta de Chaumont, cuja renda era inclusive maior.
A rainha empreende inúmeras melhorias no castelo, deixando-o com o aspecto semelhante ao que vemos hoje, construindo inclusive os dois andares de galerias sobre a ponte do Cher. Apesar do período conturbado em que vivia a França, Catarina costumava passar muito tempo no castelo, sempre realizando saraus artísticos e enormes festas, algumas caracterizadas por extrema liberdade.
Catarina de Médicis |
Catarina morre em 1589, apenas alguns meses antes do assassinato de seu terceiro filho que reinou sobre a França, Henrique III. A esposa de Henrique, Luísa de Lorena, se encontrava em Chenonceau quando recebeu a informação que seu marido havia sido assassinado ao 37 anos. A rainha se enclausura no castelo e viverá ali uma vida de discrição, no interior de seu quarto ornado com motivos fúnebres e sendo assediada pelos credores da falecida Catarina. Ainda em vida, doou o castelo para o Duque de Vendôme, casado com sua sobrinha Francisca de Lorena.
Já no final do século XVIII o duque de Vendôme vende a propriedade para a família Dupin, sob a qual Chenonceau irá retomar seu antigo esplendor. Louise de Fontaine, esposa de de Claude Dupin, transforma o palácio em um reduto das artes durante o conturbado período revolucionário e é responsável direta pela sobrevivência do domínio ante o ódio contra ricos proprietários que caracterizava o período. Graças à coragem e ao desprendimento de Louise que a Humanidade ainda possui o patrimônio de Chanonceau e seus sete séculos de História. A última grande dama de Chenonceau viveu uma vida longa, dedicada às artes e faleceu no castelo que amava em 1799, aos 93 anos de idade.
Louise de Fontaine |
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Este castelo é realmente encantador. Vale muito a pena passar algumas horas por lá. Passeando pelos jardins, curtindo os aposentos. A biblioteca é demais. Tem uma janela com uma vista que proporciona uma sensação de liberdade e desperta a imaginação. Show!!!
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