quarta-feira, 29 de março de 2017

Os Castelos pouco conhecidos de Paris...

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                Não há quem não tenha ouvido falar no Louvre ou em Versalhes, pelos menos dentre aqueles que pretendem um dia realizar o sonho de conhecer Paris. existem, contudo, outros castelos igualmente ricos em histórias e lendas mas que não fazem parte dos circuítos turísticos tradicionais e que, para conhecê-los, é necessário um pouco mais de esforço e familiaridade com a capital francesa e seus "subúrbios" ou "banlieue" como dizem os franceses.

Vincennes

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                  O Chateaux de Vincennes é um dos mais bem preservados castelos medievais da Europa e, em virtude de sua torre de 52 metros, foi a mais alta fortaleza europeia ao longo da História. Sua construção teve a mesma origem que diversos outros palácios, servindo inicialmente como um pavilhão de caça destinado a dar suporte ao rei e seus acompanhantes enquanto praticavam o "esporte" na floresta local, Blois de Vincennes, em francês. Durante o século XIII o palácio passou por diversas ampliações e Luís IX, posteriormente reconhecido pela Igreja como São Luís, mandou erguer uma linda capela. Dali o monarca partiu para a Oitava Cruzada, da qual não regressaria com vida. 

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Capela de São Luís em Vincennes
                O Castelo de Vincennes serviu de residência para diversas gerações de reis franceses, incluindo Luís XIV, o qual determinou a construção de duas grandes galerias chamadas de "Pavilhões" do Rei e da Rainha. O estilo arquitetônico adotado nessas reformas seria bastante empregado no castelo erguido por ordem  de Nicolás Fouquet, Superintendente de Finanças do rei...

Vaux-le-Viconte

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                 Adivinhem... Mandado construir por Nicolás Fouquet, Superintendente de Finanças de Luís XIV, este palácio demonstrava toda a opulência e estilo de vida ostensivo de Fouquet, considerado o homem mais rico da França daquele período. Filho de um alto funcionário de Estado ao tempo de Richelieu, o próprio Nicolás tornou-se também funcionário real, pagando para tanto a taxa necessária (não havia concurso público no Antigo Regime). Como Mestre das Petições, regulava a agenda do rei e definia qual autoridade teria acesso ao monarca. Esta posição de evidente poder, lhe rendia muitos favores de seus pares. Mas seus recursos provinham também de outra fonte. Fouquet casou com uma das mulheres mais ricas da Europa e logo tornou-se viúvo, recebendo enorme herança. Em segunda núpcias desposou Marie-Madeleine de Castille, também herdeira de enorme fortuna. Durante a revolta da nobreza conhecida como a Fronda, Nicolás permaneceu fiel ao rei, recebendo assim, como recompensa a posição que hoje equivaleria a Ministro da Fazenda.

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           Homem vaidoso, rico e dado a extravagâncias, Fouquet resolveu erguer um castelo que materializasse todo seu poder, mandando construir Vaux-le-Vicomte. A beleza do palácio, seus jardins, suas fontes, a riqueza de seu interior ornado com espelhos e outros objetos raros e de imenso valor na época, tornavam a nova residência do ministro uma verdadeiro paraíso na Terra, algo digno de reis... Mas Fouquet não era rei!
                   A inauguração do palácio contou com uma festa como nunca havia sido realizada na França ou talvez na Europa. Saraus de música por toda a noite, encenação de peças teatrais dos mais badalados artistas, festival de fogos de artifício (algo bastante caro para a época), finos presentes aos convivas, incluindo jóias de grande valor e, sobretudo, um banquete de inúmeros pratos realizados sob a orientação do grande Chefe de Cozinha François Vatel. 
            Luís XIV a tudo olhava, nada dizia. Alguns dias após a inauguração de seu suntuoso palácio Fouquet foi conduzido a Vincennes. Ao invés de ser recebido pelo rei como supunha, foi levado ao calabouço. Ter sido fiel durante a Fronda ou ter servido por anos defendendo os interesses reais de nada adiantou. Fouquet cometeu o grande crime de aparecer mais que o rei, ainda mais um rei que se definia como o próprio Estado, ou seja, um reles servente se coloca acima de toda a França. 
              Nicolás Fouquet permaneceu preso por vinte anos, até o dia de sua morte. Não chegou a conhecer a maior parte das dependências do palácio que o levou à desgraça e muitos historiadores o identificam como o verdadeiro Homem da Máscara de Ferro.
                 Para jogar no esquecimento o triste episódio e recuperar seu orgulho ferido, Luís XIV determinou a construção de um palácio maior e amis lindo que Vaux-le-Vicomte. Algo que fosse digno de sua realeza e que o mantivesse afastado da pobreza de Paris. Assim nasceu a ideia do Palácio de Versailles.
                     Monsieur François Vatel, o grande Chef de Cuisine, teve que procurar outro emprego e foi contratado por Luís II de Bourbon, Príncipe de Condé e proprietário de outro lindo palácio...

Chateaux de Chantilly 

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         O Castelo de Chantilly teve sua origem em uma fortaleza medieval mandada erguer por volta do ano 1000, início do século XI, cuja destinação era proteger o acesso norte a paris, na região do Oise. Durante séculos o domínio pertenceu a diversas família nobres e, no século XVII foi herdado por Luís II de Bourbon, Princípe de Condé, membro de um ramo secundário da dinastia e sem pretensões reais. Mas o prestígio da família era tanto que os senhores de Chantilly ostentavam o título único de Primeiros Príncipes de Sangue Real, apesar não comporem a linha sucessória do trono de França.
          Durante o conflito da Fronda o Príncipe Condé se posiciona contrário à política do Cardeal Mazarin e, consequentemente, desafia o poder de Luís XIV. Após a vitória dos exércitos leais ao monarca, esperava-se que Condé tivesse o destino costumeiro dado aos traidores: a morte. Mas tal não ocorreu. O rei resolveu poupar a vida do primo mas submeteu sua região a tamanha privação de recursos que tanto a população quanto o príncipe beiravam a ruína. Em último esforço para buscar os favores do rei, Condé contratou os serviços de François Vatel, demitido de Vaux-leVicomte em virtude da prisão do proprietário.
          Vatel procurou fazer o que sabia: um grande banquete para assim ganhar a simpatia do rei e, quem sabe ir trabalhar no palácio real, o clímax de sua carreira.
            O Chef de Cuisin imaginou uma série de pratos, incluindo alguns com o creme que inventara e que havia batizado com o nome do palácio de seu empregador, Chantilly. Mas o prato principal era um rebuscado peixe da região. Ocorre que na época não existiam mercados, nem geladeiras... O peixe tinha que ser fresco e pescado na hora. Estava tudo pronto... Faltava apenas o peixe! Percebendo que seus planos iriam por água a baixo e que não conseguiria apresentar seu prato principal ao rei, Vatel não resistiu à pressão e tirou sua própria vida com sua faca de trinchar. Hoje, no Palácio de Chantilly, os peixes que faltaram a Vatel habitam em grande quantidade no canal que cerca o castelo...

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