O Museu do Louvre é herdeiro direto de uma história que remonta mais de oito séculos. Sua origem está relacionada à construção de um castelo em 1190 por ordem do rei Filipe Augusto, cuja principal característica era uma torre de menagem com trinta metros de altura. Sua vocação defensiva perdeu muito do rigor durante o reinado de Carlos V, quando foram erguidas novas cinturas das muralhas de Paris. Durante séculos o palácio foi se adaptando às necessidades de seus moradores mediante demolições, reconstruções e adaptações. A construção dos Palácio das Tulherias (destruído por um incêndio em 1871) condenou o Louvre a um segundo plano que, apesar das modificações mandadas proceder por Luis XIV, acabou sendo abandonado de vez pela família real com o estabelecimento da corte em Versalhes em 1682.
Com a queda do Antigo Regime, o governo revolucionário por intermédio de decreto de 1791 consagra o antigo palácio para a "reunião de todos os monumentos das ciências e das artes". Dois anos mais tarde entra em funcionamento o Museu Central das Artes no Salão Carré e na Grande Galeria.
A expansão do império napoleônico nos anos seguintes possibilitou o incremento do acervo com obras de grandes artistas da Europa, desde a antiguidade clássica e esta vocação cosmopolita seguiu nos séculos seguintes com a abertura de departamentos destinados a peças de diversas áreas do mundo e de todos seus períodos históricos, como o Egito, a Assíria, o México e a Argélia.
O belo interior do Palácio do Louvre |
A Monalisa de da Vinci |
Apesar de não figurar entre as maiores obras pertencentes ao acervo do Louvre, aliás, bem longe disso, a Monalisa é sem dúvida a mais famosa e a mais procurada pelos turistas e estudiosos do museu. Esta fama não apenas está atrelada ao histórico de seu enigmático pintor mas também a uma série de lendas e histórias que envolvem da Vinci com sua eleita obra prima. O ilustre renascentista italiano pintou o quadro em 1503, supostamente para uma dama florentina contudo, existem várias teorias contra esta opinião dominante incluindo a ideia de que a obra se trataria de um auto-retrato.
Em mais de cinco séculos de exposição ao público a Monalisa já foi roubada, sofreu atentados com ácido, com pedra e até mesmo com uma xícara de chá. Em função disso e de sua incrível fama é a única obra do museu a possuir um sistema especial de proteção.
Os Escravos de Michelangelo |
Esculpidos para fazerem parte do conjunto escultório do túmulo do Papa Júlio II, estas obras assim como o Moisés da igreja de San Pietro in Vincolli, em Roma, terminaram por não comporem o grande projeto a que se destinavam. A ideia do magnífico monumento em memória do Sumo Pontífice não chegou a ser concluída uma vez que o artista fora desviado para realizar a pintura do teto da capela Sistina, uma homenagem ao tio de Júlio II, o também Papa Sisto IV. Este desvio da função de escultor para pintor revoltou profundamente a Michelangelo que, segundo ele próprio, era um pintor "medíocre".
Ao esculpir Os Escravos o artista procurou evidenciar a luta da alma enclausurada no corpo material que a faz nascer porém a aprisiona. A representação desta luta reside no contraste entre a musculatura tensa do corpo e as sensíveis expressões de suas faces.
Escriba Sentado |
Descoberto em 1850, esta pequena escultura pouco maior que cinquenta centímetros data de vinte e três séculos antes de Cristo. Tão grande é sua relevância histórica que se tornou um símbolo do departamento de antiguidades Egípcias do Louvre. A expressão de contentamento sustentada pela personagem há mais de 40 séculos denota o prestígio que sua função gozava na sociedade egípcia da quarta dinastia. Não raro, os próprios príncipes do Egito se faziam retratar como escribas para representarem suas capacidades intelectuais.
Diana de Versailles |
Chamada oficialmente de Artemis e a Corça, esta estátua foi esculpida entre o século I e II de nossa era, sendo uma imitação de um modelo do século IV a. C., segundo uma prática comum da época. Foi doada pelo Papa Paulo IV ao rei Henrique II da França em 1556, sendo a primeira grande estátua da antiguidade a entrar nas coleções reais. O restauro pelo qual passou em 1602 acrescentou-lhe um braço faltante que no original provavelmente empunhava um arco.
A Liberdade Guiando o Povo |
Após a restauração do trono francês com a derrota de Napoleão, o rei Carlos X tentou restabelecer Antigo Regime e se consolidar como rei absolutista. A tentativa porém não foi aceita pela população que se colocou em marcha nas revoltas de 1830 culminando com a deposição do monarca. Na tela de Eugêne Delacroix a efígie da Liberdade, representando a República, lidera o povo contra a soberba dos governantes.
Código de Hamurabi |
O código de Hamurabi é o mais antigo compêndio de leis a chegar à nossa época. Foi estabelecido próximo ao ano de 1700 a. C. na antiga Babilônia. Gravado em monumento monolítico de rocha, foi encontrado em 1901 por uma expedição francesa na região da Mesopotâmia, onde hoje é o Irã. Implementado no reinado de Hamurabi, é também conhecido como a "lei do talião" devido à máxima de "tal for o crime, qual será a pena", sintetizado modernamento pelo conceito olho por olho, dente por dente.
Apesar de o código prever distinções explícitas para aplicação da lei entre as três diferentes classes sociais existentes na sociedade de então, o conjunto de leis foi descrito em sua base como uma garantia para os mais fracos, as viúvas e os órfãos. De certo modo existe uma lógica nas proposições da norma que podem ser modernamente entendidas até como liberalizantes para a mulheres, como a possibilidade de se assumir outro marido no caso de aprisionamento do primeiro ou na obrigatoriedade do pai sustentar os filho mesmo em caso de término do casamento.
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