Os Encantos de Turim

                     Turim é uma importante cidade italiana, capital da região de Piemonte e quarta maior cidade da Itália em população, ficando atrás somente de Roma, Milão e Nápoles.

    Possui uma história de mais de dois mil anos, tendo sido fundada por povos celto-ligures do noroeste da península itálica. Já no século que antecede nossa era havia sido dominada pelos romanos sob o nome de Iulia Augusta Taurinorum. Durante a maior parte da Idade Média esteve sob o controle da casa de Savoia, apesar de terem ocorrido momentos de autonomia sob a denominação de Condado de Turim. Em 1563 foi elevada a posição de capital do Ducado de Savoia e em 1720 passa a ser capital do reino da Sardenha, ainda sob a casa de Savoia, participando ativamente do processo que culminou com a unificação da Itália sob um reino, do qual foi capital no período de 1861 a 1864.

Região de Piemonte

                       

 Turim se constitui em um importante polo industrial italiano, sendo berço e sede mundial de uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, a FIAT, cujo nome, aliás, é um acrônimo de Fábrica Italiana de Automóveis de Turim. Esta vocação industrial aliada ao fato da cidade ter sido capital de importantes reinos durante séculos possibilitou o estabelecimento de muitos instrumentos de interesse turístico, como ricos palácios, prédios dotados de requintes arquitetônicos de grande beleza, igrejas antigas, teatros e outras tantas atrações que encantam ainda mais os visitantes, já naturalmente agraciados com a beleza e organização da cidade, emoldurada pela linda cordilheira dos Alpes e recortada pelo rio Pó.

Mole Antonelliana 

        Esta construção é o símbolo de Turim e seus quase 170 metros de altura fazem com que se destaque no horizonte da região, podendo ser vista de diversos pontos da cidade. O prédio possui um elevador que permite o acesso a um mirante com lindas vistas não apenas de Turim mas também das belas montanhas alpinas que circundam a cidade. A utilização do elevador é cobrada e o turista pode optar por um ingresso que permita também a entrada ao Museu do Cinema Italiano, localizado na base do prédio. 

Piazza Castello

         A Piazza Castelo é o coração do centro histórico da cidade e onde estão localizados alguns dos principais monumentos de interesse turístico, como o Palácio Real, o Palazzo Madama e a Catedral de são João Batista, famosa em todo mundo por ser responsável pela guarda do Santo Sudário. A partir da Piazza, com uma curta e agradável caminhada, pode-se também chegar a outros pontos de interesse como o Teatro Real, famoso por apresentações de ópera de elevado nível artístico, o Museu Egípcio, segundo maior museu do gênero do mundo, ficando atrás apenas do Museu do Cairo e, seguindo pela Via Pó, chega-se às belas margens do rio.

Palazzo Madama

        Localizado na Piazza Castello, o palácio foi uma das residências oficias da família Savoia, que foi a casa real mais duradoura da Europa, tendo exercido o poder por cerca de mil anos. As origens da cosntrução, contudo, são bem mais antigas e remontam a uma antiga porta de acesso à cidade romana que, posteriormente, com a queda do Império Romano e o estabelecimento do sistema feudal, foi transformada em fortaleza, sob a posse dos Marqueses de Monferrato. As disputas feudais características do medievo fizeram com que Turim passasse ao controle dos Saboia, cabendo o palácio ao ramo menor Saboia-Acaja, vindo daí parte do nome atual do prédio, especificamente os fundos da construção (Casaforte degli Acaja - Casa forte dos Acaja). Já a parte frontal do monumento (Palazzo Madama) data do século XVIII e foi mandado construir por Maria Joana Batista de Saboia, Madame Real, mãe do futuro rei de Sardenha e regente do reino. 

Catedral de São João Batista

          A Catedral de São João Batista teve sua construção iniciada em 1491 e foi concluída sete anos mais tarde, em 1498. O local onde se encontra, contudo, tem sido ambiente de adoração religiosa há mais de dois mil anos. Estudos paleontológicos concluíram que a atual igreja, principal templo cristão da cidade, foi erigida sobre as ruínas de um antigo tempo pagão do primeiro século antes de Cristo e também sobre outras três igrejas do período proto cristão, do sexto século  de nossa era. A Catedral de São João Batista é famosa no mundo inteiro por ser o local de guarda do Santo Sudário de Turim (Sindone di Torino em italiano), o qual por muitos séculos esteve sob a posse da família de Savoia. O Sudário é uma peça de linho na qual se encontra a imagem do corpo de um homem com marcas de ferimentos e torturas compatíveis às descritas nas Santas Escrituras. Os católicos acreditam que se trate do tecido utilizado por José de Arimatéia para envolver o corpo de Jesus e que a imagem sobreposta a ele seria a mais importante e relíquia do Cristo, ou seja, sua própria imagem. Os diversos estudos já realizados sobre o tecido foram inconclusivos. Não se pôde definir a idade do material, mas sabe-se que não foi pintado, que há na estrutura projeção em três dimensões da imagem e que existe sangue humano no material que compõem o desenho. Se pertence ao Filho de Deus... é uma questão de Fé. Infelizmente, por motivos de segurança e preservação, o Santo Sudário de Turim raramente é exposto ao público.

Museu Egípcio

    O Museu Egípcio de Turim, oficialmente Museo delle Antichità Egizie di Torino, possui o segundo maior acervo arqueológico referente à cultura e às artes do Egito Antigo, ficando atrás somente do Museu do Cairo. São cerca de 6.500 peças em exposição permanente e mais de 25.000 artigos em reserva técnica, a maioria coletados nas escavações realizadas pela Missão Italiana que ocorreu no período de 1900 a 1930. Durante estes anos, em razão de restrições orçamentarias do país africano para investir em arqueologia, vigorava a norma que os produtos achados eram divididos igualmente entre os países financiadores das expedições e o Egito. Hoje em dia já vigora um novo estatuto e qualquer material encontrado em território egípcio pertence ao país. Tão importante se tornou o acervo do museu de Turim que o próprio egiptólogo Champollion, tradutor dos hieróglifos, declarou que "O caminho entre Menphis e Tebas passa por Turim".

Palácio Real de Turim

          O Palácio Real de Turim é um antigo palácio real da casa de Saboia, localizado no centro histórico da cidade, na centralíssima Piazza Castello, de onde partem as principais vias que percorrem a região (Pó, Roma, Garibaldi e Pietro Micca). O palácio faz parte de um complexo de edifícios que estão entre os mais antigos, ricos e fascinantes de toda a Itália. Assim como o Palácio Madama, foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1997, dentro do conjunto das Residências da Casa de Saboia. Pouco se sabe sobre a construção do complexo. No século XVI, quando Emanuel de Saboia resolve trasladar sua capital de Chambéry para Turim, o palácio pertencia ao bispo local, sob o nome de Palazzo Episcopale San Giovanni. O Duque de Saboia não teve o menor constrangimento em expropriar a construção para si, sob o nome de Palazzo Ducale de Torino. Manda quem pode...

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Os Castelos do Vale d'Aosta

                       Algumas regiões europeias parecem ter saído diretamente dos contos de fadas para a realidade. São caracterizadas por lindos castelos, normalmente banhados por límpidos rios, entre vales floridos e montanhas cobertas de neve... O Vale d'Aosta é exatamente assim... Tendo sido no passado uma importante região de passagem entre importantes reinos e por apresentar uma topografia facilitadora de ações defensivas, o vale sempre despertou o interesse de ser dominado e protegido. 

                      A primeira significativa presença no vale foi dos romanos, que o conquistaram ainda no primeiro século de nossa era. Ainda hoje, algumas construções do período testemunham a presença das legiões imperiais entre suas montanhas e vales.

           Mas foi durante a Idade Média que a maior parte dos antigos monumentos ainda remanescentes foi construída. Por ser um período marcado pela descentralização do poder, no qual cada Senhor Feudal poderia dispor de um exército particular e guerrear com seu vizinho, o medievo estimulava a construção de fortalezas e castelos por parte das famílias poderosas para proteção contra ataques. A dissociação do terreno em virtude do relevo montanhoso fez proliferar um grande número destes castelos. Passaremos a "visitar" alguns deles, a partir de agora.

O Castelo Savoia foi a última grande construção real do Vale. Sua edificação data do início do século XX e foi erguido por ordem de Marguerite de Savoie, esposa do rei Humberto I, que desejava uma residência de sonhos para suas férias alpinas. A característica principal deste castelo são as cinco torres cônicas, mas com coberturas distintas entre si, demonstrando uma tendência modernista de quebra dos padrões clássicos de simetria. Certamente Marguerite não sofria de transtorno obsessivo compulsivo... Outo destaque do castelo são os belos jardins com plantas alpinas e diversas  variedades de margaridas, em homenagem à rainha. Se o visual externo do castelo é digno do nome da localidade onde foi erguido - Belvedere (Bela Vista) - o interior da edificação não é menos imponente. Os três andares conservam pinturas ornamentais, móveis de época e elegantes decorações.

O Forte de Bard foi construído sobre um rochedo que domina uma estreita gargante do rio, antiga via de acesso obrigatória de acesso ao Vale. Por propiciar uma formidável posição de controle sobre uma considerável extensão do rio, o local escolhido se revelou ideal para a construção da fortaleza. Por possuir uma história relacionada a invasões, desde o tempo dos romanos até o período da casa de Savoia, incluindo na lista de generais a guerrearem entre estas montanhas figuras como Aníbal e Napoleão, a imponência do Forte de Bard demonstra a importância da área por ele protegida e a intenção de aproveitamento dos aspectos naturais para beneficiar a defesa da região. Tendo perdido suas funções militares, hoje a fortaleza se destina a ser um espaço de preservação da cultura alpina, disponibilizando diversos espaços lúdicos que podem ser acessados por um sofisticado sistema de elevadores panorâmicos que proporcional uma inigualável vista do Vale.

O Castelo de Issogne é muito mais uma sofisticada residência senhorial do século XV que uma construção com reforço defensivo. Esta foi uma das diversas obras de arte deixadas à Humanidade pela poderosa família Challant, que desempenhou considerável poder na região entre os séculos XIII e XVI, bastante ligada à Casa de Savoia. Georges de Challant, no fim do século XV, transforma uma antiga construção de caça em um suntuoso edifício que abrigará, ao longo dos séculos, belos objetos de arte e maravilhosas decorações distribuídas por diversas salas concebidas para fins educativos. Os Challant são até hoje reconhecidos como tendo sido governantes esclarecidos, capazes de promover a paz social e o estado de bem estar, testemunhado pelas cenas retratadas neste belo castelo.

Concebido com fins claramente defensivos, o castelo de Verrès se impõe como uma das grandes obras do Vale d'Aosta destinadas à proteção da região. Sua estrutura compacta e austera evidencia esta vocação estratégica, com a finalidade de controlar o curso do rio Ayas. Construído sobre uma plataforma rochosa, sua base se constitui em um cubo perfeito de 30 metros e suas salas ainda hoje são ornadas com ricos detalhes decorativos que testemunham o poder da família Challant no curso do medievo valdostino. Mandado construir por Iblet de Challant em 1390, este importante castelo é um dos exemplos mais antigos de construções com detalhes góticos da região.

Outro exemplo de construção do século XIV a testemunhar o poder da família Challant na região é o Chateau d'Ussel, construído em 1343 por ordem de Ébal II, Senhor de Challant. Esta imponente fortaleza que domina o platô de Châtillon, foi o primeiro castelo concebido em monobloco do Vale. Consideravelmente deteriorado pela ação do tempo e por séculos de abandono, foi revitalizado por ação de Marcel Bich, industrial valdostano, proprietário das Industrias BIC. Com a morte do empresário em 1994, o castelo foi doado à administração da Região Autônoma do Vale d'Aosta que passou a gerir o espaço com finas de preservação da cultura local, apresentando exposições permanentes e temporárias de materiais e obras regionais.

Fénis, que se constitui em um dos mais célebres castelos do Vale, deslumbra os visitantes por seus conjuntos de torres e muros fortificados. Construído sobre um antigo prédio abandonado, foi mandado edificar por Aymon de Challant (1305 - 1387), protegido por um quase inexpugnável aparelho defensivo de duplas muralhas, a semelhança de Carcassonne, na França. Fénis foi uma das mais prestigiosas residências senhoriais e seu interior é ornado com diferentes afrescos representando a vida cotidiana dos habitantes e suas crenças religiosas. Muito provavelmente a coleção de pinturas date do período de Bonifácio, Senhor de Challant, filho de Aymon.

O Chateau de Sarre se caracteriza por ter sido a residência alpina de um rei caçador. As paredes de várias salas da construção evidenciam a importância que a caça tinha para os antigos habitantes do castelo, ornadas com os chifres de milhares de bouquetins (íbex) e chamois (camurça), espécies de caprinos dos Alpes. Apesar ter como base uma construção medieval, o castelo foi totalmente reconstruído entre os séculos XVIII e XIX, antes mesmo de ser adquirido por Victor-Emmanuel II, primeiro rei da Itália unificada, que o utilizava como base para suas empreitadas de caça.

Aymavilles é outra herança que a Humanidade deve à família Challant. Suas quatro torres circulares remontam ao século XIV, mandadas construir no período de Aymon de Challant porém, pouco do castelo data daquela época, uma vez que ele foi bastante modificado ao longo dos séculos. Uma das alterações mais significativas foi realizada por ordem de Joseph Félix de Challant, durante o século XVIII, que reestruturou a construção, transformando-a em uma elegante residência, com grandes galerias ricamente ornadas, preenchendo os espaços entre as torres.

                 Muitos outros castelos e casas senhoriais enfeitam o Vale d'Aosta. A viagem por aquela bela região se reveste de uma magia apenas compreendida por que já teve a grata satisfação de interagir com o simpático povo valdostano, provar seus deliciosos vinhos, saborear sua culinária peculiar e percorrer as belas paisagens alpinas... Se quiser experimentar este prazer indescritível, entre em contato com a Militur Viagens Internacionais que elaboramos um roteiro sob medida para sua aventura neste verdadeiro País das Maravilhas...

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O Vale d'Aosta

                   O Vale de Aosta é uma região autônoma coms estatuto especial situada no nordeste da Itália dividida em 74 comunas, com cerca de 126 mil habitantes e 3262 Km², cuja capital é a cidade de Aosta. É oficialmente bilingue, adotando tanto a língua italiana como a francesa. Tem limites ao norte com a Suiça, a oeste com a França, ao sul e a leste com o Piemonte, incluindo a província de Turim. 
                                               

              A atividade econômica principal da região é o turismo, particularmente ligados aos esportes de inverno, como esqui e alpinismo. Destaca-se para estes fins o moderno teleférico de Courmayeur, que dá acesso ao Mont Blanc, nas proximidades de Chamonix, na França.

        

               

Estação do Skyway - Teleférico de Courmayeur

           A estação de Courmayeur possibilita o acesso a diversas pistas de diferentes graus de dificuldade, oferecendo oportunidade a todos os níveis de amantes do esqui de se adestrarem no esporte. São bastante comum também lojas que oferecem o aluguel de material para a prática do esporte e roupas especiais para o frio.

Mont Blanc - Skyway

                   Outro aspecto que faz o Valle da Aosta ser uma região bastante procurada para o turismo, particularmente por europeus, é sua riqueza histórica. Herdeiro de um passado glorioso, o vale foi conquistado  pelos romanos no século I de nossa era. Por ser o local onde mais foram encontrados objetos deste período, depois da própria Roma e de Pompeia, a cidade de Aosta, capital da região, foi designada como "A Roma dos Alpes". Ainda hoje na cidade se encontram construções que testemunham a presença dos romanos no passado, como o Arco de Augusto e anfiteatro romano.

Anfiteatro Romano

                       Mas o grande diferencial da região, semelhante ao Val de la Loire, na França, são os diversos castelos que se espalham pela região, evidenciando a importância desempenhada por esta área que sempre foi limítrofe entre diferentes e poderosos reinos.

                Um patrimônio cultural de significativa importância, constituído por castelos e casas fortificadas, bem como por fortalezas defensivas que buscavam proteger o vale de incursões inimigas, aguardam aos visitantes que incluem o Vale d'Aosta em suas jornadas. Distribuídas ao longo de todo o vale, estas construções colocadas em locais estratégicos, são testemunhos de um passado guerreiro, ameaçador, contudo glorioso e rico em estilos e características arquitetônicas.

                           Observe no vídeo a beleza e diversidade de alguns dos castelos encontrados no vale:

                          No próximo post iremos conhecer melhor os principais castelos do vale... Não percam!

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A Itália

               A Itália é uma república democrática europeia, cuja capital é Roma, sendo classificada como um dos principais destinos turísticos do mundo. 

              O país  tem sido, ao longo dos séculos, sede de poder e exportador de tendências em diversos campos do conhecimento. Por intermédio de Roma, a Cidade Eterna, difundiu seus ideias de civilização por mais de dois milênios, liderando um império que se estendeu desde as ilhas britânicas, passando pelo norte de África e chegando até o Oriente Médio, incluindo as terras da Mesopotâmia. 

Roma no séc. I d. C.

           Ainda que a porção ocidental do Império tenha caído diante de forças germânicas no quarto século de nossa era, a tradição romana se manteve presente e com enorme influência através do Império Romano do Oriente, cuja capital, Constantinopla, sobreviveu à queda de sua congênere ocidental por cerca de mil anos.

Constantinopla no séc. X d. C.

           O estabelecimento da tradição cristã como principal força religiosa durante o medievo europeu concedeu à Roma uma excepcional influência sobre os destinos das principais nações do mundo ocidental, gerando muitas vezes conflitos de interesses entre reis e papas, motivando disputas sangrentas e episódios controversos.  Um dos mais destacados destes episódios foi o chamado sisma do ocidente que colocou em oposição dois lados da fé cristã e resultou no estabelecimento do duplo papado, um em Roma, sede tradicional do catolicismo, e outro em Avignon, sob a influência dos reis franceses.

Basílica de São Pedro - Sede da Igreja Católica

                Com a chegada da Idade Moderna, a Itália manteve sua influência sobre o mundo ocidental através do movimento chamado Renascimento, cujos vultos principais eram italianos. Assim, nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Maquiavel, Brunelleschi e outros tantos, deixaram marcas indeléveis na História da Humanidade em diversos campos do conhecimento como as artes, a política, a filosofia e a arquitetura. Algumas de suas obras ainda podem ser contempladas em prédios ou museus italianos, ajudando a fazer com que o país esteja entre os cinco mais visitados do mundo.

Duomo de Brunelleschi - Santa Maria de Fiori, Florença

                 Além de uma riqueza cultural inigualável, a Itália caracteriza-se também por possuir dotes naturais de grande beleza em todas suas regiões. Seu território, relativamente extenso no sentido norte-sul e distribuído desde os Alpes até o mar Mediterrâneo, apresenta uma variação climática significativa e confere ao país uma grande variedade de atrativos turísticos, desde charmosas estações de esqui na neve a praias mediterrâneas paradisíacas. Normalmente, estas atrações naturais são "salpicadas" com lembranças de um rico passado milenar, tornando a visita à Itália uma aventura indescritível, qualquer que seja o destino escolhido dentro do país.

As Regiões da Itália

                   Sem dúvida, um país que recebe cerca de 40 milhões de turistas por ano é porque tem uma estrutura eficiente e uma série de instrumentos para a captação destes recursos. Não abordaremos todos os pontos de interesse neste blog mas, nas próximas postagens, iremos conhecer um pouco mais sobre as principais atrações da Itália, responsáveis pela produção de significativa parcela dos recursos gerados pela indústria turística do país. Para tanto, percorreremos cada região destacando as principais cidades e seus destaques, na seguinte ordem:

   O Vale d'Aosta

   Os Castelos do Vale d'Aosta

  Os Encantos de Turim

  A singela beleza de Cinque Terre

  Milão, capital da moda

  As Maravilhas da Toscana

  O inigualável charme de Florença

  A Emília-Romagna

  Enfim, Veneza...

  Roma, a Cidade Eterna

  Nápoles e seus circuítos 

  Os Segredos de Pompeia

  Cruzeiros pelo Mediterrâneo

               Aguarde os próximos posts da Militur Viagens Internacionais e saiba mais sobre estes lindos destinos turísticos que encantam milhões de pessoas há quase três milênios...

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Conheça a Saboia

                 

                   Saboia ou Savoia em italiano é uma região cultural que compartilha territórios na região dos Alpes distribuídos entre porções das atuais França, Itália e Suíça.

       A região histórica emergiu como um feudo da Casa de Saboia, durante os séculos XI e XIV, instalado oficialmente em 1003 por Rodolfo III de Borgonha. A Casa de Saboia tornou-se a dinastia real que sobreviveu por mais tempo na Europa (quase mil anos), sendo a casa a que pertencia o último rei da Itália, Humberto II, o qual foi deposto pela proclamação da República Italiana em 1946. 

         O território de Saboia foi anexado à França em 1792 sob a Primeira República Francesa, antes de serem devolvidos ao Reino do Piemonte-Sardenha em 1815. Parte da região, juntamente com o Condado de Nice, foi definitivamente anexada ao território francês por um plebiscito em 1860, no âmbito do Segundo Império Francês, como parte de um acordo político (Tratado de Turim) mediado entre o imperador francês Napoleão III e o rei Victor Emmanuel II do Reino da Sardenha, que iniciou o processo de unificação da Itália. 

                  A antiga capital da Saboia, Turim, é hoje uma das principais cidades italianas, sendo a quarta maior em densidade populacional, com mais de dois milhões de habitantes em sua área metropolitana. É também a sede da fabricante de automóveis FIAT, cujo nome original era Fabrica Italiana de Automóveis  Torino, tornando a cidade um dos maiores polos industriais do país, além de ser herdeira de uma rica tradição histórica que enfeita seu centro histórico com palácios, catedrais e prédios suntuosos.

              Como sede de um feudo do medievo e antiga capital de um reino próspero, Turim apresenta uma série de monumentos, palácios, igrejas e castelos que encantam qualquer turista aficionado em temas ligados à história, particularmente dos últimos mil anos que a cidade foi protagonista, apesar de sua fundação ser bem mais antiga, anterior mesmo à dominação romana.

                      Outra possibilidade que a cidade oferece é o acesso a outros pontos de interesse, como a famosa cidade de Milão, distante apenas 145 Km que podem ser percorridos de trem regular ou mesmo de carro, demandando tanto de uma forma quanto de outra pouco mais de uma hora para se percorrer o trajeto.

                  Um outro itinerário que se pode fazer a partir da antiga capital do Ducado de Saboia é o lindo Roteiro do Vale d'Aosta, uma encantadora região alpina que ainda hoje guarda as tradições do passado com populações que misturam em um só povo características francófonas e italianas. Este Roteiro proposto pela Militur Viagens será em breve apresentado no blog e possui uma forma circular, percorrendo a tríplice fronteira entre França, Itália e Suíça, repassando os antigos limites da histórica região onde outrora reinou a poderosa família de Saboia. 

                     O centro da região é marcado pelo Monte Bianco, ou Mont Blanc para os Franceses, ponto culminante dos Alpes e marco de fronteira entre os dois países que, com seu túnel de 11 Km, inaugurado por Charles de Gaulle em 1965, diminuiu a distância entre Turim e Chamonix Mont Blanc em cerca de 50 Km, facilitando o trânsito entre França e Itália. Como tudo tem um preço... o valor para cruzar o famoso túnel sob a Aiguille du Midi  (Agulha do Sul do Mont Blanc), custa cerca de 50 euros por automóvel, mas o visual alpino vale muito a pena!

Mont Blanc

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