A Toscana é uma região da Itália central com cerca de 3,7 milhões de habitantes e 22 997 km², cuja capital é Florença. Tem limites a noroeste com a Ligúria, ao norte com a Emília-Romagna, a leste com as Marcas e a Úmbria e ao sul com o Lácio. A oeste seus 397 km de litoral são banhados pelo Mar Lígure e o Mar Tirreno. A Toscana administra ainda as ilhas do Arquipélago Toscano, a principal das quais é a Ilha de Elba, famosa por haver abrigado Napoleão Bonaparte em 1814.
A região é composta por dez províncias as quais comportam poucas centenas de comunas, das mais conhecidas como Pisa, Arezzo e Florença, às mais encantadoras, como Luca, Siena e San Gimignano. A proximidade de Roma permite visitas rápidas às principais cidades da província, contudo, recomenda-se que o viajante que dispuser de um pouco mais de tempo se permita desfrutar das belezas e da tranquilidade bucólica da região. Dentre as inúmeras atrações que a Toscana oferece aos seus visitantes, a mais destacada é, sem dúvida, Florença. Capital da província e principal polo cultural do Renascimento italiano, a cidade ainda preserva seus tesouros históricos em convívio harmônico com uma metrópole dinâmica e economicamente desenvolvida. Mas, sobre Florença, teremos uma publicação específica...
Outras cidades se destacam como polos turísticos na Toscana, atraindo a cada ano milhões de visitantes e fazendo da indústria turística uma das principais fontes de renda da região. A riqueza cultural, as heranças diretas do Renascimento italiano, os magníficos templos e o encantamento que construções medievais exercem sobre um grande número de pessoas são alguns dos motivos que garantem o sucesso da Toscana na atração de um número crescente de visitantes a cada ano.
A seguir, sugerimos algumas cidades que se destacam no Roteiro que propomos para a região:
Durante a Idade Média disputou o poder regional com Florença, no contexto das guerras entre guelfos e gibelinos. Apesar de haver conquistado vitórias importantes sobre seus inimigos florentinos, Siena se viu praticamente dizimada pela peste negra em 1318, tendo reduzido drasticamente sua população e ficando impossibilitada de impor-se na complexa estrutura de poder da Itália do medievo, fragmentada em diversas repúblicas inimigas. O revés imposto pela doença limitou seu desenvolvimento fazendo com que hoje a cidade mantenha muito do seu aspecto medieval do século XIV, constituindo-se em uma bela experiência de volta ao passado visitar suas ruas estreitas e suas igrejas centenárias.
A cada 2 de julho e 16 de agosto ocorre o famoso Palio di Siena, corrida tradicional de cavalos que se repete desde o século XVII entre representantes dos 18 bairros da cidade.
Os competidores utilizam trajes típicos e são acompanhados por suas torcidas que possuem estandartes (pálios) e hinos próprios para o estímulo aos atletas. O percurso se resume a três voltas na praça e ganha o cavalo que concluir o itinerário em primeiro lugar, independente se o cavaleiro se encontrar montado ou se tiver caído.
A Torre de Pisa, que tornou a cidade mundialmente famosa é uma torre sineira de cerca de 56 metros que começou a ser construída em 1173 e levou em torno de dois séculos para ser concluída. Durante este período, a obra foi interrompida por cem anos, em virtude dos constantes combates entre Pisa e Luca, Gênova ou Florença. Este período de interrupção nas obras possibilitou o ajuste do solo instável e fez com que a torre não ruísse, apenas fosse se inclinando lentamente ao longo dos séculos. Segundo a tradição, teria sido do alto da torre que Galileu Galilei teria realizado sua experiência com balas de canhão, comprovando que a massa não interfere na velocidade de descida dos corpos em queda livre. Após trabalhos de manutenção e estabilização realizados no final do século XX, a torre foi declarada estável por pelo menos mais três séculos.
A região é composta por dez províncias as quais comportam poucas centenas de comunas, das mais conhecidas como Pisa, Arezzo e Florença, às mais encantadoras, como Luca, Siena e San Gimignano. A proximidade de Roma permite visitas rápidas às principais cidades da província, contudo, recomenda-se que o viajante que dispuser de um pouco mais de tempo se permita desfrutar das belezas e da tranquilidade bucólica da região. Dentre as inúmeras atrações que a Toscana oferece aos seus visitantes, a mais destacada é, sem dúvida, Florença. Capital da província e principal polo cultural do Renascimento italiano, a cidade ainda preserva seus tesouros históricos em convívio harmônico com uma metrópole dinâmica e economicamente desenvolvida. Mas, sobre Florença, teremos uma publicação específica...
Outras cidades se destacam como polos turísticos na Toscana, atraindo a cada ano milhões de visitantes e fazendo da indústria turística uma das principais fontes de renda da região. A riqueza cultural, as heranças diretas do Renascimento italiano, os magníficos templos e o encantamento que construções medievais exercem sobre um grande número de pessoas são alguns dos motivos que garantem o sucesso da Toscana na atração de um número crescente de visitantes a cada ano.
A seguir, sugerimos algumas cidades que se destacam no Roteiro que propomos para a região:
1) Siena
Segundo a mitologia romana, Siena foi fundada por Sénio, filho de Remo, fundador de Roma. Foi um povoamento etrusco e depois colônia romana refundada pelo imperador Augusto. Era, contudo, uma pequena povoação, longe das rotas principais do Império. No século V, torna-se sede de uma importante cidade cristã.Durante a Idade Média disputou o poder regional com Florença, no contexto das guerras entre guelfos e gibelinos. Apesar de haver conquistado vitórias importantes sobre seus inimigos florentinos, Siena se viu praticamente dizimada pela peste negra em 1318, tendo reduzido drasticamente sua população e ficando impossibilitada de impor-se na complexa estrutura de poder da Itália do medievo, fragmentada em diversas repúblicas inimigas. O revés imposto pela doença limitou seu desenvolvimento fazendo com que hoje a cidade mantenha muito do seu aspecto medieval do século XIV, constituindo-se em uma bela experiência de volta ao passado visitar suas ruas estreitas e suas igrejas centenárias.
A cada 2 de julho e 16 de agosto ocorre o famoso Palio di Siena, corrida tradicional de cavalos que se repete desde o século XVII entre representantes dos 18 bairros da cidade.
Os competidores utilizam trajes típicos e são acompanhados por suas torcidas que possuem estandartes (pálios) e hinos próprios para o estímulo aos atletas. O percurso se resume a três voltas na praça e ganha o cavalo que concluir o itinerário em primeiro lugar, independente se o cavaleiro se encontrar montado ou se tiver caído.
2) San Gimignano
A cidade de San Gimignano chegou a ser um importante entreposto comercial no caminho de peregrinos do norte da Europa a caminho de Roma. Atingiu seu apogeu durante o século XII, quando as famílias nobres que dominavam o comércio na cidade ergueram cerca de 72 casa-torre, símbolo de poder e riqueza. Atualmente resistem apenas 14 exemplares destas construções, mas é possível ainda perceber a capacidade artística e técnica do medievo, representada pelas obras espalhadas pela cidade. Assim como Siena, San Gimignano conserva seu centro histórico com a mesma aparência do século XIV, sendo uma das mais bem preservadas cidades muralhadas da Europa.
3) Pisa
Pisa foi uma das Repúblicas Marítimas do período medieval que disputava poder com as demais cidades-estado italianas. Sua história contudo é muito mais antiga e remonta à conquista grega da península dois mil anos antes de nossa era. Os romanos estabeleceram um importante porto na foz do rio Arno, que na época se localizava a quatro quilômetros da cidade. Em razão da deposição de sedimentos, hoje esta distância foi ampliada para 17 quilômetros. Escavações recentes possibilitaram a descoberta deste porto, com diversas embarcações, incluindo suas cargas intactas. Diversos materiais dos primeiro século de nossa era foram recuperados.
O mais significativo ponto turístico se localiza na Piazza dei Miracoli, sendo composto por três monumentos principais: o Duomo de Pisa, o batistério e a famosa Torre de Pisa, ou Campanile (campanário). O conjunto foi iniciado ainda no século XI, em um período caracterizado por forte expansão econômica da cidade e grandes vitórias militares sobre seus inimigos locais, que garantiram o domínio do comércio marítimo através do Mediterrâneo. Uma nova catedral deveria ser construída para representar toda a opulência da cidade que se auto-proclamava Nova Roma.
4) Pistóia
A cidade de Pistóia não tem suas origens perfeitamente documentadas, sabe-se que esteve sob o domínio de lígures e posteriormente de etruscos, antes de ser conquistada pelos romanos. Um dos mais cruéis senadores romanos, sobre o qual não temos bons relatos - Catilina - morreu na cidade, após ser combatido e perseguido por sua própria Pátria. As catilinárias, célebres discursos de Cícero, denunciando o conspirador, nos informam sobre suas tentativas de dominar a república e derrubar o senado - Quo usque tandem abutere, Catilinia, patetntia nostra? - Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? - Assim iniciavam as famosas acusações de Cícero.
Durante o medievo, a cidade esteve envolvida nos conflitos que opunham o Sacro Império ao poder da Igreja, sendo aliada de Pisa e Siena na liga gibelina. Na primavera de 1306, após 11 meses de cerco, a cidade se rende a seus inimigos florentinos, pendendo sua autonomia. A partir desta data, Pistóia nunca mais retornaria a sua posição de destaque econômico, permanecendo à sombra de seus antigos oponentes guelfos.
Pistóia esteve intimamente relacionada com o nosso país durante a campanha brasileira na Segunda Guerra Mundial. Do posto de comando estabelecido na cidade, a Força Expedicionária Brasileira partiu para suas históricas conquistas frente ao poderoso exército alemão, conquistando posições nas alturas de Colechio, Fornovo, Monte Prano, Monte Castello entre outros. Ainda é mantido na cidade o monumento votivo em homenagem aos bravos brasileiros que tombaram em solo italiano em defesa da liberdade.
Monumento Votivo Militar Brasileiro em Pistóia |
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